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Exposição de curta duração oficialmente inaugurada no dia 30/06/2025 com a presença do Ministro da Educação, Camilo Santana. Ela recebeu o total de 63.866 visitantes. Foi realizada no interior do Palácio de São Cristóvão, ocupando o hall de entrada, uma sala à sua esquerda e o pátio da escadaria de mármore. É considerada um marco por ser a primeira vez que uma parte do interior do Palácio foi aberta à visitação após o incêndio do dia 2 de setembro de 2018.


Texto Curatorial:

Após o incêndio que atingiu o Paço de São  Cristóvão, sede do Museu Nacional/UFRJ, em setembro de 2018, houve uma série de esforços que levaram ao início do processo de reconstrução do edifício e de ressignificação da trajetória bicentenária da instituição. O Museu Nacional e o Projeto Museu Nacional Vive ofereceram aos públicos a possibilidade de vir novamente parte do Palácio para a visita “Entre Gigantes: Uma Experiência no Museu Nacional”, marcando um reencontro simbólico.

A experiência convidou o visitante a trilhar um percurso que articula arte, natureza e patrimônio, onde o ponto de partida é o Meteorito Bendegó, item do acervo sobrevivente ao incêndio e símbolo de resistência, que acompanhado de outros exemplares da coleção de meteorítica, contribuem para entender a importância dos meteoritos na ciência e na cultura popular. Nesta mesma sala, o visitante encontrava obras de Gustavo Caboco, artista visual wapichana, que se apropria do Bendegó para produção de uma série de trabalhos em conjunto com sua família. O percurso seguiu para o Pátio da Escadaria onde se encontra o esqueleto completo de um Cachalote da espécie Physeter macrocephalus, sendo este espécime um macho adulto com 15,7 metros de comprimento. A terceira e última sala foi dedicada à história e à reconstrução do Palácio de São Cristóvão, demonstrando aspectos arquitetônicos e da restauração de diferentes elementos , expondo acervos originais, moldes e réplicas, assim como técnicas e materiais empregados na restauração do edifício histórico.

“Entre Gigantes” foi uma manifestação da força coletiva que impulsiona a continuidade da existência e o constante renascimento do Museu Nacional/UFRJ. Foi um convite à reflexão sobre o papel da ciência, da cultura e da memória em nossa sociedade. O Museu reafirmou, assim, sua missão de preservar e divulgar a diversidade natural e cultural do Brasil, promovendo a educação, a pesquisa, o acesso ao conhecimento e o diálogo, para as diferentes gerações. O Museu Nacional/UFRJ segue gigante, abrindo caminho para um futuro que se constrói todos os dias — com todos nós.

A exposição Museu Nacional Vive contou com três polos: esculturas, memória e minerais

  • Polo Memória – exposição a céu aberto

O objetivo principal do Polo Memória foi consolidar a estratégia “Museu Nacional Vive”, a partir da ativação de memórias da população relacionadas às visitas e ao acervo do Museu; da comunicação direta com a sociedade sobre os trabalhos de reconstrução; e do convite à participação popular nas reflexões sobre o futuro do Museu.

  • Polo Minerais – Exposição Recompõe Mineralogia

Uma exposição de exemplares de minerais ocupou, entre 03/09/2022 e março de 2023, o hall de entrada do Palácio, espaço onde está o Meteorito Bendegó, símbolo de resistência do Museu Nacional. Foi a primeira vez, após o incêndio de 2018, que o público pôde se aproximar do prédio e observar – de suas portas centrais – um conjunto com 17 peças de pequeno e grande portes – algumas delas resgatadas e novos itens recentemente adquiridos, como parte das ações de recomposição das coleções do Museu.

  • Esculturas do Paço de São Cristóvão

Entre os dias 03/09 e 02/11/2022, no Jardim Terraço, ficaram em exposição oito esculturas em mármore carrara de figuras mitológicas greco-romanas, que adornavam a parte superior de algumas das fachadas do Palácio de São Cristóvão. As esculturas originais foram recolhidas e restauradas após o incêndio, em seguida armazenadas em um espaço de guarda e algumas integraram a mostra, sendo a primeira vez na história do Museu que o público pôde admirá-las de perto. No lugar das esculturas originais foram colocadas réplicas, como uma forma de preservação contra as ações das intempéries.

Nas Asas da Ciência – um voo pelas Ilhas Cagarras

O Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras (MONA Cagarras) é uma Unidade de Conservação (UC) federal de proteção integral, criada em 2010, fica ao sul da Praia de Ipanema e abriga espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção e também novas para a ciência. Abrange seis ilhas e ilhotas e mais a área marinha no raio 10 m de cada, protegendo ecossistemas terrestres e marinhos reconhecidos internacionalmente pela importância à conservação da natureza.

A mostra trouxe cerca de 50 exemplares de diferentes espécies e grupos zoológicos da Coleção Didático-Científica da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional/UFRJ. Foram expostas espécies marinhas como caranguejos, conchas, corais, esponjas e estrelas-do-mar, um peixe Mero com mais de 1 m de comprimento, doado pelo Projeto Meros do Brasil, e uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) de quase 50 kg, encontrada no entorno das Ilhas Cagarras por pescadores artesanais da Colônia de Copacabana, preparada por profissionais do Laboratório de Taxidermia do Museu Nacional. Outros exemplares taxidermizados foram destaque, como as duas aves marinhas mais emblemáticas da Unidade de Conservação, o atobá-marrom e a fragata; Além disso, foram expostos duas espécies de bromélias típicas do conjunto de ilhas, disponibilizadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e modelos de artefatos arqueológicos, como machados de pedra polida e cerâmicas, encontrados no alto da Ilha Redonda, que registram a presença indígena tupi-guarani no local desde o século 15.

“As Ilhas Cagarras têm grande valor paisagístico, cultural e ecossistêmico para os moradores do Rio de Janeiro e para os turistas que visitam a cidade. Grande parte dos voos que chegam e partem da cidade sobrevoam esse cartão postal natural. O público ter á a oportunidade de contemplar a rica biodiversidade da região, conhecer uma parte singular da História Indígena do Brasil e se aproximar dos resultados científicos produzidos por diversas linhas de pesquisa na Unidade de Conservação”, explica o pesquisador Fernando Moraes , um dos organizadores da exposição.

Esta mostra foi uma remontagem da exposição “Da Gênese ao Apocalipse”, que estava em cartaz no Palácio de São Cristóvão no momento do incêndio. Sua realização foi possível devido ao resgate de todos os meteoritos da coleção dos escombros do edifício e a outros materiais que não foram atingidos pelo fogo, como um painel com informações relacionadas ao Meteorito Bendegó, exibindo no total 39 itens do acervo do Museu Nacional.

A exposição “Ressurgindo das Cinzas” abordou diferentes temas como a formação e evolução do Universo, desde o Big Bang até a formação do sistema solar; as similaridades e diferenças entre os minerais formados sob diferentes condições, tanto na Terra como no espaço; as diversas formas que os minerais e meteoritos foram e ainda são cultuados por diferentes civilizações, como é o caso da rocha de Caaba, situada em Meca, Arábia Saudita, considerada sagrada para os islâmicos; a influência do domínio dos minerais na evolução humana, seus usos em diferentes períodos como na Idade da Pedra Lascada e Idade da Pedra Polida, além do uso do ferro meteorítico, o domínio da produção do ferro pela siderurgia, a utilização de combustíveis fósseis e o uso do silício na indústria de eletrônicos; informações sobre os principais vulcões e terremotos, que ocasionaram grandes catástrofes, e também relacioná-los à formação de tsunamis; a apresentação de alguns meteoritos da coleção do Museu Nacional, metálicos e rochosos, além de itens minerais que foram formados devido a queda de meteoritos, com destaque para aqueles que estão em território brasileiro; os processos do surgimento da vida na Terra e de extinções, com ênfase queda de um grande meteorito, evento catastrófico que levou à extinção da maioria dos dinossauros; e por fim teorias e profecias que envolvem o ano de 2012 relacionada ao fim dos tempos.

A exposição foi encerrada em março de 2020 por conta das medidas de distanciamento social tomadas devido a Pandemia do COVID-19, tendo como público estimado cerca de 2.200 pessoas.

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